Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (30) em meio à avaliação de sinais de maior oferta e do plano de paz dos EUA para a Faixa de Gaza, que pode reduzir o prêmio de risco da commodity, além dos riscos de paralisação do governo americano.
Os preços do óleo também apresentaram queda na variação trimestral.
O petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), fechou em queda de 1,70% (US$ 1,08), a US$ 62,37 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), perdeu 1,58% (US$ 1,06), a US$ 66,03 o barril.
No mês, o WTI e o Brent cederam 2,56% e 2,15%, respectivamente. Já no trimestre, o óleo negociado em Nova York recuou 4,21%, enquanto o negociado em Londres teve queda de 1,06%.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) negou relatos de que planeja elevar em 500 mil barris sua oferta diária, mas a correção não se refletiu nas cotações do petróleo.
O mercado segue de olho, ainda, em uma eventual paralisação do governo americano, que já é precificada em “quase 100%” e deve manter o petróleo sob pressão, para a Spartan Capital Securities.
Já o Julius Bear, para quem o avanço acima de US$ 70 foi passageiro, acredita que os preços da commodity devem seguir pressionados no curto prazo.
O banco aponta que “as preocupações com os suprimentos russos e sanções mais rígidas parecem contidas”, enquanto crescem os sinais de aumento da oferta. A projeção é de que a commodity recue para a faixa de US$ 60, em cenário de visão neutra.
Além do excesso de oferta, o MUFG vê pressão adicional do plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, para Gaza, que pode reduzir o prêmio de risco da commodity, caso seja aceita pelo Hamas, o que ainda é incerto.
*Com informações da Dow Jones Newswires
