A cantora Lily Allen, 40, afirmou que a misteriosa Madeline, mencionada em seu novo álbum, é uma criação ficcional inspirada em diferentes pessoas. O trabalho inédito da britânica, “West End Girl”, lançado na última semana, tem gerado burburinhos por abordar o fim de seu casamento com o ator David Harbour, 50, da série “Stranger Things”, e os supostos pedidos dele para tornar o relacionamento aberto.
As especulações sobre a identidade de Madeline ganharam força nas redes sociais após fãs analisarem os versos da faixa homônima, em que Lily narra a descoberta de uma traição.
Na música, ela canta: “Há quanto tempo isso vem acontecendo? É só sexo ou há sentimento? Ele me disse que ficaria nos quartos de hotel, nunca em público. Por que eu confiaria em algo que sai da boca dele? Nós tínhamos um acordo. Seja discreto e não escancarado. Tinha que haver pagamento. Tinha que ser com estranhas. Mas você não é uma estranha, Madeline.”
Em entrevista ao jornal britânico The Times, a artista explicou que o álbum – seu primeiro em sete anos -, é “uma mistura de fatos e ficção” e explora assuntos como traição, manipulação emocional, relacionamentos abertos e vício em sexo.
A estrela acrescentou que Madeline se trata de uma figura simbólica. Ao ser perguntada se seria “uma junção de diferentes pessoas”, ela respondeu apenas: “Sim.”
Lily Allen também refletiu sobre como o conceito de relacionamento tem mudado entre as novas gerações. “Sinto que estamos vivendo tempos muito interessantes; em termos de como definimos intimidade e monogamia, de as pessoas serem descartáveis ou não. A forma como estamos sendo íntimos uns com os outros está mudando como humanos. Muitas jovens já não acham o casamento ou mesmo um relacionamento de longo prazo tão atraente assim”, afirmou.
Filha do ator Keith Allen, 72, e da produtora Alison Owen, 64 — que se separaram quando ela tinha quatro anos —, a cantora acrescentou: “Não sei se isso é necessariamente ruim. Muitas pessoas da geração dos meus pais ficaram juntas para sempre e foram infelizes. Não havia uma infinidade de opções, então talvez você se esforçasse mais para fazer algo dar certo. Mas agora não precisa.”
A intérprete de “Smile” também disse acreditar que relações são “inerentemente confusas”. “Normalmente, há limites negociados em um relacionamento. Mas se esses limites são respeitados ou não, isso tem se tornado um terreno nebuloso de repente. Os aplicativos de namoro tornam as pessoas descartáveis, e isso promove a ideia de que, se você não está feliz, há sempre mais alternativas; bem ali, no seu bolso”, concluiu.