O Brasil alcançou em julho o recorde de 674.849 jovens aprendizes ativos, resultado do aquecimento do mercado de trabalho e da intensificação da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta quinta-feira (11).
Segundo a pasta, apenas no mês, foram firmados 6.099 novos contratos, um salto de mais de 1.000% em relação a julho de 2024, quando houve apenas 221 registros. No acumulado de janeiro a julho, 75.950 jovens ingressaram no mercado formal por meio da aprendizagem.
A maior parte está na faixa etária até 17 anos (360.933), seguida pelos que têm entre 18 e 24 anos (310.580). O programa também inclui 3.338 pessoas com deficiência acima dos 25 anos.
O secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE, Magno Lavigne, destacou a quebra de um padrão histórico. “Com a permanência dos contratos, registramos saldo positivo em todos os meses deste ano. Isso tem nos permitido alcançar recordes históricos consecutivos no número de aprendizes”, afirmou.
O setor de Serviços puxou as contratações em julho, com saldo de 4.239 novos aprendizes, seguido por Indústria (2.322), Agropecuária (309) e Construção Civil (157). Já o Comércio registrou queda de 929 contratos.
Além do dinamismo do mercado, a ampliação da atuação dos auditores-fiscais tem sido determinante. Entre janeiro e julho, mais de 43 mil estabelecimentos foram inspecionados, resultando na lavratura de 20 mil autos de infração e na contratação de 103.247 aprendizes.
“A inspeção do trabalho tem ampliado o uso de novas ferramentas de fiscalização, o que vem gerando mais oportunidades para os jovens. Atualmente, 73% dos contratos de aprendizagem ativos estão em empresas fiscalizadas nos últimos cinco anos”, afirmou a auditora-fiscal Taís Arruti, coordenadora nacional da Aprendizagem Profissional.
O perfil dos aprendizes mostra equilíbrio entre os gêneros, com 357.589 mulheres (53%) e 317.260 homens (47%). Em relação à raça, 312.717 se autodeclararam pardos, 279.795 brancos e 67.781 pretos.
Criado pela Lei 10.097/00, o programa de aprendizagem profissional permite que jovens de 14 a 24 anos conciliem estudo e trabalho, com remuneração proporcional ao salário mínimo, jornada de até seis horas, FGTS, 13º, férias e vale-transporte.