A BYD iniciou oficialmente a sua produção de carros no Brasil nesta quinta-feira (9), com a inauguração da fábrica em Camaçari (BA). Foram investidos R$ 5,5 bilhões, e a meta é gerar 20 mil empregos diretos e indiretos após a consolidação das operações.
A fábrica já estava em operação experimental desde o primeiro semestre.
A área ocupada é de 4,6 milhões de metros quadrados, com capacidade inicial de produção é de 150 mil veículos por ano, com expectativa de dobrar esse volume até 2030. A produção será destinada ao mercado interno e à exportação para toda a América do Sul.
O investimento deve se consolidar como maior polo industrial da BYD fora da China. Atualmente, a montadora possui 1,5 mil profissionais, brasileiros e estrangeiros, de diversas áreas.
O evento contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do governador do estado, Jerônimo Rodrigues, além do fundador Wang Chuanfu.
A maior fabricante mundial de veículos elétricos e híbridos foi instalada no mesmo terreno onde funcionou o complexo da Ford, que encerrou as atividades em 2021, deixando cerca de 12 mil trabalhadores desempregados diretamente.
Serão montados veículos de passeio, híbridos e movidos a etanol e gasolina, com a função elétrica. Em julho, a companhia apresentou o primeiro carro 100% elétrico produzido no Brasil, quando a planta em Camaçari ainda estava em fase experimental de produção.
O último, com o motor flex, foi lançado durante a cerimônia no modelo Song Pro da BYD. A versão flex foi fruto de pesquisa com a engenharia brasileira da marca. A meta da empresa é transformar o Brasil em centro de produção de energia limpa e mobilidade elétrica da América Latina.
A unidade de Camaçari vai operar no primeiro ano no sistema SKD (Semi Knocked-Down), com montagem dos veículos localmente, mas com peças importadas da China.
Em 2026, está prevista a mudança para a produção nacional dos modelos com etapas como estampagem, soldagem e pintura, além da inclusão de um maior número de componentes nacionais.
Nos próximos cinco anos, através da BYD, também serão implantadas no estado plantas voltadas ao processamento de lítio e ferro fosfato — insumos necessários para a fabricação das baterias utilizadas nos veículos —, facilitando o acesso às peças por clientes brasileiros.
