Casa Região Festa da Boa Morte recebe título federal de promoção da igualdade racial | CNN Brasil

Festa da Boa Morte recebe título federal de promoção da igualdade racial | CNN Brasil

por thiagofelix
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A festa da Irmandade da Boa Morte recebeu um título federal de promoção da igualdade racial, nesta sexta-feira (15). Patrimônio imaterial do Brasil, os festejos acontecem desde 1820 na cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia.

Este ano, a tradição contou com a presença da primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, também da Bahia, Tatiana Velloso, ministras, secretários e autoridades para um dia de homenagens, anúncios e entregas voltadas à cultura popular, aos povos de terreiro e à promoção da igualdade racial.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou o papel histórico da irmandade, que já chegou a comprar a liberdade de pessoas escravizadas. “É uma história comovente, de mulheres defendendo a liberdade e os direitos humanos”.

A ministra Anielle Franco, ressaltou que a igualdade racial promove um Brasil mais seguro, democrático e diverso. “Hoje, eu declaro aqui junto de cada uma de vocês, a minha honra e orgulho de caminhar ao lado dessas mulheres incríveis. Que o dia de hoje fique marcado nesse país. A democracia é feminina e negra e virá pelas nossas mãos”.

Entre os anúncios para Cachoeira, estão também a adesão do município à política de Povos de Terreiro do Governo Federal, além do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR). Outras 12 prefeituras entraram no sistema nacional.

Dona Dalva, sambista cachoeirana, foi homenageada com o Prêmio do Ministério da Cultura e foi anunciado que a Casa de Samba da artista e o Terreiro Ilê Axé Icimimó receberão obras pelo PAC Cidades. O terreiro recebeu ainda a placa de tombamento do Iphan, e Dona Dalva foi anunciada como provedora da Festa da Boa Morte em 2026.

A festa, dirigida exclusivamente por mulheres negras, começou na última quarta-feira (13) e segue até domingo (17), com missas, procissões, sambas de roda e manifestações culturais.

A Irmandade criada no século XVII em Salvador foi transferida para Cachoeira em meio a conflitos históricos. A provedora deste ano, Irmã Neci Santos Leite, lembrou que o objetivo sempre foi garantir dignidade e liberdade. “Pessoas escravizadas não tinham direito a uma morte digna. A nossa luta é para que isso nunca se repita”, afirmou.

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