A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta terça-feira (11), que o influenciador Vitor Belarmino – acusado de atropelar e provocar a morte de Fábio Toshiro Kikuda em julho de 2024 – seja submetido a júri popular.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, feita no dia 13 de julho de 2024, Fábio e Bruna tinham acabado de se casar e atravessavam a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, quando foram surpreendidos pela BMW dirigida por Vitor em alta velocidade. O veículo atingiu Fábio, que não resistiu aos ferimentos.
“Uma vez comprovada a materialidade e indiciada a autoria, deve o acusado ser levado a plenário para que os juízes naturais possam analisar a tese defensiva e decidir. A questão, desta forma, apresenta-se apta ao julgamento popular, pois, diante da probabilidade de o acusado ser o autor dos fatos em comento, os jurados devem decidir o mérito da causa”, concluiu a juíza Alessandra Roidis.
Relembre o caso
O fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuda, de 42 anos, havia acabado de se casar com Bruna Villarinho e ambos deixaram as malas no hotel, no Recreio dos Bandeirantes, onde ficariam hospedados até a última segunda-feira (15). Em seguida, fariam uma viagem de lua de mel.
Após se acomodarem no hotel, decidiram caminhar na orla. Enquanto atravessavam a via de mãos dadas, Vitor foi atropelado e morreu no local. O acidente foi registrado por uma câmera de segurança, e testemunhas disseram à polícia que o carro estava em alta velocidade e dirigindo de forma perigosa.
O influenciador digital Vitor Vieira Belarmino se entregou à polícia em maio deste ano, após ficar foragido por dez meses. Ele foi acusado pela Justiça de atropelar a vítima.
Enquanto esteve foragido, a defesa do réu chegou a pedir para que Vitor que fosse ouvido por videoconferência, o que foi negado pela Justiça, considerando o princípio da lealdade processual.
*Sob supervisão de AR.