Israel recupera corpo de refém na Faixa de Gaza | CNN Brasil

Israel recupera corpo de refém na Faixa de Gaza | CNN Brasil

O exército israelense recuperou o corpo de um refém e os restos mortais de outro refém em Gaza, anunciou o gabinete do primeiro-ministro na sexta-feira (29).

O corpo recuperado foi identificado como Ilan Weiss, de 56 anos, do Kibutz Be’eri.

A esposa e a filha de Weiss, Shiri e Noga, foram feitas reféns no Kibutz Be’eri durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro. Elas foram libertadas durante o primeiro cessar-fogo em novembro de 2023. Na época, acreditava-se que Weiss ainda pudesse estar vivo. Mas, em janeiro de 2024, o Kibutz Be’eri anunciou que Ilan Weis havia sido morto durante o ataque à comunidade e seu corpo levado para Gaza.

Os restos mortais de outro refém, ainda não identificado, também foram recuperados na mesma operação, informou o Gabinete do primeiro-ministro.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) não informaram de onde em Gaza os corpos foram recuperados.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas afirmou que, além da “dor e do sofrimento”, a recuperação do corpo de Weiss “oferece algum conforto à família após 692 dias de espera no pesadelo da incerteza”.

Após a recuperação dos dois reféns falecidos, restam agora 48 reféns em Gaza, dos quais se acredita que 20 estejam vivos.

Entenda a guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.

Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.

Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.

Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.

Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino. De acordo com a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.

Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.

Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.

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