A partida deste sábado (11) entre Noruega e Israel, em Oslo, foi marcada por protestos e uma forte resposta da equipe de segurança, incluindo o uso de gás lacrimogêneo, com torcedores noruegueses divididos sobre a participação de Israel no torneio devido à guerra em Gaza.
Antes do jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, centenas de torcedores pró-palestinos se reuniram para protestar em frente ao parlamento norueguês, muitos vestindo camisas da seleção palestina.
“A partida não deveria ter sido disputada. Se a Rússia foi expulsa, Israel também deveria ser expulso”, disse um torcedor norueguês que vestia uma camisa da Palestina.
Marchando em direção ao Estádio Ullevaal com bandeiras palestinas e sinalizadores, os manifestantes se reuniram do lado de fora, prometendo continuar até o início do jogo, enquanto prédios próximos exibiam faixas pró-palestinas penduradas nas sacadas.
A segurança foi reforçada no estádio, com a polícia fechando várias entradas horas antes do início do duelo, realizando revista em bolsas e reduzindo o número de espectadores permitidos.
Mais tarde, a polícia norueguesa confirmou que usou gás lacrimogêneo contra um grupo de manifestantes que tentou romper as barricadas que cercavam o estádio enquanto a partida estava sendo disputada.
“Vários manifestantes romperam as barricadas policiais do lado de fora do Estádio Ullevaal. Por isso, usamos gás lacrimogêneo para controlar a multidão. Ninguém ficou ferido em conexão com o incidente”, disse a polícia em um comunicado à mídia norueguesa.
A polícia também prendeu vários manifestantes, segundo a agência de notícias NTB.
Alguns torcedores noruegueses pareceram despreocupados com o contexto político da partida, vendo-a apenas como mais um obstáculo para se classificarem para sua primeira Copa do Mundo desde 1998.
“Vamos assistir à Noruega ficar próxima da Copa e vai ser uma ótima noite”, disse um torcedor.
Guerra Israel-Hamas
Mais de 67 palestinos foram mortos no ataque israelense a Gaza, lançado depois que um grupo terrorista liderados pelo Hamas invadiu cidades israelenses e um festival de música em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e capturando 251 reféns.
As tropas israelenses começaram a se retirar na sexta-feira sob um acordo de paz , que é a primeira fase do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas.