O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse, nesta terça-feira (11), que o país está pronto para defender a pátria.
“Nós amamos a paz, amamos profundamente a paz, não queremos guerra nem aqui nem em lugar nenhum do mundo, mas se vierem tocar na Venezuela, bem, nos encontrarão aqui”, declarou.
“Andem pelas ruas, andem pelos quartéis, andem pelas comunas, andem pelas milícias comunitárias e lá verão um povo determinado a defender esta pátria até a morte”, completou.
“Então, bem, há uma rejeição global unânime contra a agressão imperialista e contra a intenção dos Estados Unidos de permanecerem como a potência hegemônica mundial, como a polícia do mundo, e nós aqui na Venezuela permanecemos firmes nos ideais bolivarianos de independência, liberdade e plena soberania para o nosso povo”, concluiu.
As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela realizaram exercícios militares em todo o país nesta terça-feira com o objetivo de defender o país, em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos.
Segundo o governo venezuelano, o exercício militar, que começou às 4h da manhã, horário local, é conhecido como “Plano Independência 200” e continuará até quarta-feira (12).
A televisão pública venezuelana transmitiu imagens da operação em Caracas.
Os Estados Unidos realizaram mais de uma dúzia de ataques desde setembro contra embarcações perto da costa da Venezuela e, mais recentemente, no leste do Oceano Pacífico, matando mais de 70 pessoas, segundo o secretário de Defesa dos EUA, em meio a uma intensificação da presença militar no Mar do Caribe.
Os EUA alegaram, sem apresentar provas, que os barcos que bombardearam transportavam drogas, mas líderes estrangeiros, especialistas jurídicos e familiares das vítimas exigiram provas.
Nicolás Maduro acusou Donald Trump de tentar derrubar seu governo, uma alegação que o presidente americano minimizou, apesar dos relatos de contato próximo do governo com a oposição venezuelana.