O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), elogiou nesta sexta-feira (10) a premiação da líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, a um Prêmio Nobel da Paz.
Em uma publicação nas redes sociais, Tarcísio afirmou que há um “significado importante” por trás da escolha, deslegitimando o governo do atual presidente do país, Nicolás Maduro.
“Que essa premiação sirva de exemplo para aqueles que vivem de narrativas, enquanto defendem esse regime execrável. E para que o Brasil se reencontre com o caminho da verdadeira liberdade“, escreveu o governador no X.
O Nobel da Paz concedido a Maria Corina Machado tem um significado importante. Deslegitima o regime ditatorial de Maduro e mostra que o esforço para manter viva a chama da democracia em meio à escuridão não está passando despercebido por quem milita ao lado da verdade. Que essa… pic.twitter.com/JZrxkuloPD
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) October 10, 2025
De acordo com o Comitê Norueguês do Nobel, que informou a decisão por ligação, María Corina venceu a categoria “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
O Prêmio Nobel da Paz, avaliado em 11 milhões de coroas suecas, ou cerca de US$ 1,2 milhão, é entregue em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte do industrial sueco Alfred Nobel, que fundou a premiação em seu testamento de 1895.
Quem é María Corina Machado
Nascida em Caracas, capital da Venezuela, em 1967, María Corina Machado se formou em engenharia industrial antes de ingressar na política.
Em 2002, ela fundou a Súmate, um grupo voluntário que promove direitos políticos e monitora eleições.
Após ser barrada das eleições de 2024, ela transferiu o apoio para o partido de Edmundo González Urrutia.
A opositora está ligada ao cenário político há pelo menos 25 anos.
Denúncias contra o governo de Maduro
Em março de 2014, Machado aceitou brevemente o cargo de embaixadora suplente do Panamá junto à OEA (Organização dos Estados Americano) para tentar denunciar ao Conselho Permanente as mortes de dezenas de jovens e as supostas violações dos direitos humanos cometidas durante manifestações de rua, que duraram até meados de junho daquele ano.
Em resposta, o partido no poder agiu até que ela fosse destituída do cargo de deputada da Assembleia Nacional, acusando-a de traição e posteriormente de planos de assassinato, sem apresentar provas. Machado negou publicamente as acusações.
Um tribunal proibiu a candidata de sair do país durante a investigação.