“Via números como brincadeira”, diz mãe de menina prata em matemática em NY | CNN Brasil

“Via números como brincadeira”, diz mãe de menina prata em matemática em NY | CNN Brasil

Aos 9 anos, a capixaba Laura Batista já tem uma conquista que muitos adultos sonhariam em alcançar: representar o Brasil em uma das competições de matemática mais respeitadas do mundo. A menina, moradora de Vila Velha (ES), voltou de Nova York com a medalha de prata conquistada na Olimpíada de Matemática Copernicus, realizada em 31 de julho, na Columbia University.

A trajetória até o pódio foi marcada por dedicação, talento e esforço. Na primeira etapa da competição, participaram 25 mil estudantes de diversos países, mas apenas 3 mil se classificaram para a final presencial, e do Brasil, somente 34 chegaram lá. Laura estava entre eles.

A paixão da menina pelos números começou de forma natural. “Desde bem pequena, ela gostava de montar quebra-cabeças, resolver desafios de lógica e fazer contas de cabeça brincando. Era como se os números fossem um jogo divertido para ela”, contou a mãe, Geanne Batista.

Ela lembra que perceberam algo especial quando, em situações do dia a dia, Laura se empolgava em encontrar soluções que outras crianças talvez nem percebessem.

“Descobrimos que ela não apenas aprendia matemática com facilidade, mas realmente sentia prazer em se desafiar e pedia para a gente inventar ‘problemas’ para ela resolver. Com o tempo, entendemos que era uma paixão genuína — uma forma dela se expressar e até relaxar”, revelou Geanne.

Para tornar possível a viagem a Nova York e a participação na Olimpíada Copernicus, Laura e a família enfrentaram um grande desafio financeiro.

Capixaba Laura Batista ganha prata em matemática em NY • Geanne Batista

“Participar da Olimpíada era um sonho, mas sabíamos que o custo seria um grande desafio para nossa família. Criamos uma campanha de arrecadação — vakinha, venda de doces, rifas e buscamos patrocinadores. Contamos com a generosidade de amigos, familiares e pessoas que acreditaram no talento dela. Cada contribuição não era apenas dinheiro, mas também um voto de confiança na caminhada de uma menininha de 9 anos que ama matemática e sonha grande”, disse a mãe.

Considerada uma das maiores e mais tradicionais competições de matemática do mundo, a Olimpíada Copernicus reúne jovens talentos de dezenas de países. Para Laura, o futuro promete ser tão brilhante quanto a medalha que trouxe para casa.

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